"A doçaria é uma arte. Saber fazer e apresentar doces regista uma forma criativa e estética de valor e integra um património rico na nossa cidade, no concelho, na região e no País.
O número significativo de mosteiros e conventos na área tentacular de Coimbra, provocou a criatividade e as receitas de doces que deram origem a muitos, que são comercializados, colocando a urbe do Mondego na rota apetecida dos gulosos e não só... Doces caracterizadores que identificam e são passaporte para viajar até Coimbra.[…]
O pregão das vendedeiras ficou celebrizado e, actualmente, os mais velhos, como nós, recordamo-nos de o ouvir, timbrado, sonoro e comunicativo pelas vendedeiras: “Arrufaaaadas de Coimbra”; “Oh menina leve mais uma”. E, naquele intervalo da paragem dos monstros de ferro, as pregoeiras do doce coimbrão vendiam algumas dezenas, àqueles que queriam levar uma lembrança doce da Lusa-Atenas.
E, quantas ficavam sem o pagamento quando o combóio partia em desfilada e o cliente não tinha ainda dado o dinheiro!!! […]
Para se poder, com requinte, comer coloca-se em rodelinhas de barro, uma massa divina e cheirosa, de bizarra configuração, desenhando o seio de mulher com o seu bico escuro desenhado. A arte!!! […]
Pensamos que esta variedade da doçaria regional e nacional seja revitalizada nos casos em extinção, porque permite transmitir um produto de significativo valor económico, e de verdadeira arte de confeccionar doces."
“Doçaria de Coimbra e do País” em “A cultura no espaço e no tempo” — Diário de Coimbra, 20 de Fevereiro de 2005.
O número significativo de mosteiros e conventos na área tentacular de Coimbra, provocou a criatividade e as receitas de doces que deram origem a muitos, que são comercializados, colocando a urbe do Mondego na rota apetecida dos gulosos e não só... Doces caracterizadores que identificam e são passaporte para viajar até Coimbra.[…]
O pregão das vendedeiras ficou celebrizado e, actualmente, os mais velhos, como nós, recordamo-nos de o ouvir, timbrado, sonoro e comunicativo pelas vendedeiras: “Arrufaaaadas de Coimbra”; “Oh menina leve mais uma”. E, naquele intervalo da paragem dos monstros de ferro, as pregoeiras do doce coimbrão vendiam algumas dezenas, àqueles que queriam levar uma lembrança doce da Lusa-Atenas.
E, quantas ficavam sem o pagamento quando o combóio partia em desfilada e o cliente não tinha ainda dado o dinheiro!!! […]
Para se poder, com requinte, comer coloca-se em rodelinhas de barro, uma massa divina e cheirosa, de bizarra configuração, desenhando o seio de mulher com o seu bico escuro desenhado. A arte!!! […]
Pensamos que esta variedade da doçaria regional e nacional seja revitalizada nos casos em extinção, porque permite transmitir um produto de significativo valor económico, e de verdadeira arte de confeccionar doces."
“Doçaria de Coimbra e do País” em “A cultura no espaço e no tempo” — Diário de Coimbra, 20 de Fevereiro de 2005.