“Estávamos na janela do andar em que moramos. Um médico, nosso conhecido, passeava como é habitual, com o seu cão (Dálmata) pela trela. O animal entrou na relva lateral à rua e fez as suas necessidades fisiológicas. O dono, que vinha prevenido com um saco de plástico (costume que deve ser rotineiro), retirou-o do bolso e recolheu os dejectos. Continuou o seu caminho.
No rés-do-chão do prédio reside um arquitecto. Com dois sacos de lixo para o contentor, ao sair de casa deparou com diversos sacos de plástico e jornais a conspurcar o ambiente. Sem hesitações, recolheu aquele material avulso que alguém, anti-cidadania, atirara para a rua, carreando-o para o contentor. Era domingo e o sol convidava a passear, a frequentar um jardim, a olhar o Mondego, a usufruir de um espaço confortável, aprazível. E, reflectimos, mais uma vez se todos nós, seguirmos o exemplo destes dois cidadãos, e se os outros que destroem e conspurcam a cidade, se portarem como munícipes empenhados na valorização da urbe em que vivem ou que dela usufruem hospitalidade e riqueza para seu uso ou deleite, com certeza Coimbra tem mais encanto. Não só na hora da despedida, mas em todas as horas da sua existência. Sejamos cidadãos de pleno direito.”
Diário As Beiras, “Dois exemplos de verdadeira cidadania”, 31/03/2006.
o problema do golfe
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"A ideia foi reprovada pelos três vereadores do PS presentes, bem como pelo
vereador da CDU, Gouveia Monteiro. Este último enfatizou o facto de incidir
sob...
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