“Chove. Não com a intensidade de quebrar osso, mas daquela chuva que enfastia, nem carne, nem peixe. Molha e enlameia as calças e os sapatos. O programa preparado, gorou-se. Ler e meditar, nesta sexta-feira santa, contabilizam um tempo de descanso. Regressámos a locais conhecidos. Melhor, não regressámos. Não voltamos a lugar algum porque os lugares mudam e nós também. Chegamos e estamos a começar. Decidimos ficar, esquecendo que a partida acontece a qualquer hora.”
Diário As Beiras, “Notas dispersas em sexta-feira Santa”, 22/04/2006.