mal fazer e conspurcar

“Assistimos, infelizmente, a actos de vandalismo praticados por outrem, quantas vezes, sem razão que justifique tal atitude. Sinais de trânsito arrancados ou partidos, pedras da calçada retiradas, paredes conspurcadas com palavrões, árvores ‘ornamentadas’ com cartazes (colados ou pregados), monumentos agredidos das mais diversas maneiras, vidros partidos, automóveis riscados ou danificados, lixo espalhado nas ruas, água suja despejada nas artérias depois da lavagem de estabelecimentos, publicidade de diversas temáticas agarrada a postes e a dificultar a visibilidade, equipamentos para crianças destroçados, espaços verdes conspurcados com excrementos de animais, plásticos e papéis a enfeitar o pavimento, garrafas e latas a provocar acidentes, piriscas de cigarros a atapetar o chão, placas toponímicas arrancadas, lugares de fruição e relaxamento tornados selva, bancos de jardim destroçados, enfim, património colectivo que embeleza, orienta, apoia, dá conforto, divulga, protégé, oferece qualidade de vida, transformado em sucata ou prejudicando o cidadão e a comunidade. Aumento da despesa pública. Menos orçamento para investimentos, para a cultura, para o social, para o ambiente, etc.
Atitudes deste cariz provêm de pessoas com ausência de civismo, deficitárias de educação, carentes de sensibilidade, possuídas de frustrações, recalcadas no seu ego, sem escrúpulos de moralidade e portadoras de ‘instintos’ animalescos de mal fazer e conspurcar.”

Diário As Beiras, “Dois exemplos de verdadeira cidadania”, 31/03/2006.