“Infelizmente, o ciclo endémico prossegue. Os peditórios tornaram-se um procedimento comum da sociedade. Permanecem uma 'necessidade' e um vício, ainda enraizados, que pretendem justificar a pedincha. Outrora, isto é, há 30/40 anos, nas aldeias, existia o hábito dos pobres e doentes, ao sábado, em grupo anarquicamente organizado, percorrerem a povoação e, de porta em porta (nas casas remediadas e abastadas) estenderem a mão para receber o óbulo (dinheiro), ou sentarem-se na soleira da porta e ingerirem um 'caldo' ou guardarem, na saca de retalhos, um bocado de broa, chouriço, marmelada, carne de porco. Na minha Vila do Espinhal o ritual produzia-se aos sábados de manhã. Outros tempos, outras necessidades, neste caso, alimentar o corpo e suavizar a dor.
Porém, nos nossos dias, os peditórios assumem, ainda, uma marca de excelência. Para as crianças, para os cegos, para os desempregados, para os famintos, para a construção de uma casa, para vestuário de casal sem meios, para um centro social, etc, etc. São adultos e crianças com papel de certificação, com cartão de identidade, com fardamento, e com outras identificações, ou sem qualquer identificação, a 'suplicar' uma ajuda. Enfim, para alguns uma forma de vida.”
O Castanheirense, “Peditórios e mais peditórios”.
o problema do golfe
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"A ideia foi reprovada pelos três vereadores do PS presentes, bem como pelo
vereador da CDU, Gouveia Monteiro. Este último enfatizou o facto de incidir
sob...
Há 16 anos