“Ora, o importante deste texto é, essencialmente, cultural, ou seja diz respeito a três valências que pretendemos visitar e conhecer. A sinalética bem colocada não dava margens a dúvidas: Museu, Biblioteca, Misericórdia.
Estacionámos o automóvel e subimos a rua que teria as referidas instituições. Andámos, calmamente, para apreciar o ambiente, o cenário, o contexto arquitectónico daquela zona. Quase ao cimo da artéria e sem visualizarmos o Museu, interrogámos uma senhora. Não sei onde fica! Porém, fez jus à memória e, feliz, indicou: ‘É esta casa, aqui!’. Subimos alguns degraus e entrámos na porta. No átrio abrem-se outras duas portas para duas salas. Penetrámos na da direita. Uma funcionária atendia uma munícipe. A outra escrevia na secretária ao fundo. É aqui o Museu?, indagámos. Embaraçada, a jovem com um sorriso de desconforto, respondeu: é sim. Mas, onde está o espólio para vermos? Isto é o Museu, mas não há Museu! Então será ao cimo das escadas, no andar superior? Não, o Museu não existe. Rimos com tristeza e a jovem funcionária acompanhou-nos, bem como a munícipe e a colega de trabalho. Tentámos saber se o Museu estaria noutro edifício. Não, é aqui, mas não é Museu!!!
Descemos as escadas, perplexos. Então, a sinalética está, tão evidente (até a cor castanha autentica o nome!) e os visitantes?”
Estacionámos o automóvel e subimos a rua que teria as referidas instituições. Andámos, calmamente, para apreciar o ambiente, o cenário, o contexto arquitectónico daquela zona. Quase ao cimo da artéria e sem visualizarmos o Museu, interrogámos uma senhora. Não sei onde fica! Porém, fez jus à memória e, feliz, indicou: ‘É esta casa, aqui!’. Subimos alguns degraus e entrámos na porta. No átrio abrem-se outras duas portas para duas salas. Penetrámos na da direita. Uma funcionária atendia uma munícipe. A outra escrevia na secretária ao fundo. É aqui o Museu?, indagámos. Embaraçada, a jovem com um sorriso de desconforto, respondeu: é sim. Mas, onde está o espólio para vermos? Isto é o Museu, mas não há Museu! Então será ao cimo das escadas, no andar superior? Não, o Museu não existe. Rimos com tristeza e a jovem funcionária acompanhou-nos, bem como a munícipe e a colega de trabalho. Tentámos saber se o Museu estaria noutro edifício. Não, é aqui, mas não é Museu!!!
Descemos as escadas, perplexos. Então, a sinalética está, tão evidente (até a cor castanha autentica o nome!) e os visitantes?”
Diário As Beiras, “Museu que não é Museu”, 07/09/2006.
(contributo recebido em marionunes.dixit@yahoo.com.br)